domingo, 1 de novembro de 2009

Dia das Bruxas

Pessoas,
Sim, as bruxas existem e elas realmente têm um dia: 31 de outubro.
Estava eu saíndo do meu atual local de trabalho, parei no Carambola's, um bar que tem na esquina das ruas David Caldas e Felix Pacheco, onde estavam meus tios e primo pra jogar conversa fora.
Foi então que escutei um grito, grito de mulher. Um grito de pavor. E falei: deve ser alguma mulher sendo assaltada, e fui pra porta do bar para ver quem era. Quando olhei, era minha mãe, com uma cara de pânico, chorando, dizendo: roubaram minha bolsa.
Eu nem sei o que pensei. Falei: é a mamãe! Senti o frio na espinha, comecei a tremer e tentei acalmar minha mãe.
Quando vi os dois marginais, vagabundos, filhos de uma besta fera, aqueles que são os vermes que comem o cocô do cavalo do bandido, já estavam quase na esquina, montados numa moto (odeio moto, e quem a inventou tbm) fugindo com a bolsa e a dignidade da minha mãe.
Isso mesmo, porque a pessoa se sente totalmente impotente diante de tal atitude, principalmente pela violência gratuita que praticaram contra minha mami, puxando pelo cabelo e derrubando-a no chão. E o pior... chamá-la de vagabunda, logo minha mãe, que é a pessoa que eu conheço que mais trabalha nesse mundo, pra dar o melhor pros filhos. Foi uma put... sacanagem o que fizeram. Minha mãe não merece isso. E não vou mentir que me senti tão fraca por não poder fazer nada. Minha vontade era de matar aqueles dois, mas matar bem devagar. (Vou direto pro hell, mas Deus há de perdoar todos os meus maus pensamentos, porque naquele momento eu queria que pelo menos um deles, aquele que agrediu minha mãe, levasse uma queda, batesse com a cabeça numa pedra pontuda e morresse sangrando até não ter mais nenhuma gota em suas veias).
Meu primo chamou a polícia, sim, a polícia, bem ali pertinho, pois o assalto foi a um quarteirão do posto da CODAM da polícia militar. Mami ainda abalada, saiu com os policiais atrás dos bandidos, a fim de recuperar sua bolsa, mas nada encontraram. Daí, o que foi feito foi o de praxe, boletim de ocorrência e tentar lembrar das coisas que tinha na bolsa. O delegado acha que eles seguiram minha mãe, porque ela tinha entrado no banco e sacado R$ 20,00 pra mim. Azar o deles que acharam que minha mãe tinha muito dinheiro. Idiotas é o são. Levaram cartões de crédito, carregador de celular (a mami estava com dois celulares em seus bolsos da calça e eles não levaram), uma calculadora HP (esta sim, valia muito, mas são tão imbecís, que aposto como nem sabem disso), fora documentos, pendrive...
É triste! Pagamos tantos impostos para termos segurança, saúde, educação. E cadê? Alguém viu?
Alguém sabe pra onde esse dinheiro vai? Na verdade todos sabem, mas...
E vai ficar por isso mesmo? A resposta é não. Porque acredito na providência divina, e sei que o fim deles será de muita dor. (Assim espero!)
Minha mãe está bem, vai ficar com as imagens durante um tempo, e sei disso porque já passei por esse tipo de horror (que talvez algum dia conte aqui no blog, ou não). Mas vai passar, assim como as marcas roxas. Ela é forte! E vamos todos superar a raiva e a indignação.
Respeito ao próximo e amor a vida, é isso que está faltando.
PS. 1. Desculpem pelo desabafo. Precisava colocar tudo pra fora, já que não posso bater neles até ficarem aleijados.
PS. 2. Fiquem atentos. Não andem em ruas desertas, mesmo sendo de dia, como aconteceu com minha mãe, que estava tão perto de casa, tão perto de um posto da polícia. Aliás, por ali só tem polícia, mas os audaciosos não estão nem aí.
Bjs da pessoa mais indignada pela violência e pela falta de punição desse país de merlim.